10 RAZÕES POR QUE A “LEI DE CRISTO” E A “LEI DE DEUS” SÃO UMA SÓ E A MESMA

10 RAZÕES POR QUE A “LEI DE CRISTO” E A “LEI DE DEUS” SÃO UMA SÓ E A MESMA
Disse Jesus: “Eu o Pai somos um” (João 10:30).1 – Porque não há qualquer evidência bíblica de que haja uma “lei de Cristo” que tenha tomado o lugar da “lei de Deus” e os que fazem essa interpretação simplesmente partem de inferências e hipóteses indemonstráveis.Obs.: Uma interpretação popular e comum é de que agora o cristão seria regido por uma “lei de amor”, segundo Cristo ensinou como “novos mandamentos” (Mat. 22:36-40). Só que basta comparar tais textos com Deuteronômio 6:5 Levítico 19:18 para ver que Ele apenas reitera o que Moisés já havia dito. Claro, as leis de Deus SEMPRE tiveram por base o duplo princípio de “amor a Deus” e “amor ao próximo”.2 – Porque Paulo se refere à “lei de Deus” de forma normal, dizendo que com a mente a servia e que tem prazer nela, e a conserva na mente, e que a “inclinação da carne” não está sujeita à lei de Deus, etc. (Rom. 7:22, 25; 8:7 e 8). Ele ainda fala em “lei de Deus”, “mandamentos de Deus”, coisas que já teriam sido ultrapassadas na interpretação antinomista e semi- ou neo-antinomista, e emprega o tempo verbal presente o tempo todo nas passagens citadas.Obs.: Pela tortuosa interpretação dos antinomistas e neo-antinomistas, ele devia concentrar-se em falar somente em “lei de Cristo” daí em diante, e ao falar em “lei de Deus” devia indicar isso pelo uso do pretérito, não do tempo verbal presente.3 – Porque Paulo enumera normalmente os mandamentos do Decálogo (“lei de Deus”) indicando-os aos cristãos de Roma como devendo ser obedecidos segundo o princípio do “amor”, em vez de falar em mandamentos da “lei de Cristo” (Rom. 13:8-10). No vs. 9 ele mostra que está tomando a parte pelo todo ao dizer que “se houver qualquer outro mandamento. . .” Ele sabia haver não “outro”, mas “outros”.Obs.: Paulo certamente não julgou necessário citar um por um dos mandamentos.
O seu objetivo nessa passagem não é “revalidar” mandamentos, tornando-os vigentes aos cristãos.4 – Porque Paulo lembra aos crentes de Éfeso mandamentos do Decálogo (citando especificamente o 5o., 8o., 9o. e 10o. mandamentos— Efé. 6:1-3; 4:25-31) como sendo ainda válidos e vigentes.Obs.: Ele devia apelar-lhes para respeitarem os mesmos princípios segundo um código diferente, que seria a “lei de Cristo”, caso as interpretações erradas referidas tivessem fundamento.5 – Porque Paulo fala que importa agora obedecer os “mandamentos de Deus”, e não “os mandamentos de Cristo” (1 Cor. 7:19).Obs.: Para ver o que os leitores contemporâneos de Paulo entendiam com esta linguagem de “mandamentos de Deus” basta ler Romanos 7:7-13 e claramente se percebe que são os mandamentos do Decálogo TAMBÉM. Claro que isso ainda inclui outros deveres, como “pregar o evangelho a todo o mundo”.6 – Porque João fala da “lei de Deus” e da “lei de Cristo” intercambiavelmente em suas várias epístolas (ver 1 João 2:7; 3:21-24; 4:7-12, 21). Obs.: Ele não deixa a mínima pista de que haja qualquer contraste entre ambas.7 – Porque João no Apocalipse diz claramente que os fiéis filhos de Deus se caracterizam como aqueles que “guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus” (Apo. 14:12), em vez de falar dos que “guardam os mandamentos de Cristo”. Obs.: Claro, são os mesmos, não havendo essa dicotomia artificial que se quer criar entre “mandamentos de Cristo” e “mandamentos de Deus” (ou “lei de Cristo/lei de Deus”).8 – Porque em Hebreus 8:6-10, ao falar da passagem do Velho para o Novo Concerto, esta importante passagem trata das “Minhas leis” (de Deus), que são escritas nos corações e mentes dos que aceitam esse Novo Concerto [Novo Testamento], e não “leis de Cristo”.Obs.: Este tópico é importantíssimo pois mostra como no Novo Testamento o cristão terá a “lei de Deus” escrita nos seus corações e mentes.
E esta "lei de Deus" é aquela que Paulo mesmo ilustrou como estando nos corações de carne dos que são de Cristo (2a. Cor. 3:2-6). Ele usa a mesma ilustração de Ezequiel 36:26, 27, e certamente ao tratar de “tábuas de pedra/tábuas de carne” tinha em mente o CONTEÚDO TODO das tábuas de pedra transferido para as tábuas de carne dos corações. Do contrário, nem faria sentido ele usar a mesma metáfora de Ezequiel que, certamente, tinha em mente 10 preceitos das tábuas de pedra, não somente 9.9 – Porque Tiago menciona os mandamentos do Decálogo (que seria a “lei de Deus”) como normativos aos cristãos, em vez de concentrar-se em falar em “lei de Cristo” (Tiago 2:10-12). Obs.: Alguns entendem às avessas as palavras de Tiago, pensando que ele está dizendo que já que ninguém obedece plenamente os mandamentos, pois se tropeça num, falhou em todos, então ficamos dispensados dos mesmos. É exatamente o contrário, pois o que Tiago diz é reflexo do que Cristo disse em Mateus 5:48: “Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”. E lembremo-nos que quando Tiago escreveu sua epístola, ele e seus leitores primários sabiam que a parte cerimonial da lei já não mais valia.10 – Porque João, num contexto em que fala intercambiavelmente de Deus e de Cristo, quando definindo o pecado diz que é “transgressão da lei” (1 João 3:4), não especificando falar em “lei de Cristo”? Obs.: Esta definição bíblica de pecado é curiosamente evitada pelos da linha neo-antinomista dispensacionalista. Parece que não gostam nem um pouco do texto como aparece em inúmeras versões internacionais, definindo pecado como “transgressão da lei”. De que lei seria pecado uma transgressão? Da lei da oferta e da procura? Da lei do menor esforço? Da lei da gravidade? Quem souber responder estas perguntas saberá o que está mesmo sendo dito pelo Apóstolo de Cristo.

10 RAZÕES POR QUE O SÁBADO É INSTITUIÇÃO VIGENTE ANTERIOR AO SINAI

10 RAZÕES POR QUE O SÁBADO É INSTITUIÇÃO VIGENTE ANTERIOR AO SINAI


O “argumento do silêncio” de que o sábado não vigoraria antes do Sinai, defendido por alguns opositores de nossa visão sobre isso, cai por terra por, pelo menos, dez das seguintes razões:1 – Se a Bíblia não diz que Adão, Abraão, Isaque, Jacó guardavam o sábado, também não diz que NÃO GUARDAVAM. Esse tipo de “argumento do silêncio” é inteiramente neutro. Então, temos um empate—se não provamos que eles guardavam o sábado, também não se pode provar que NÃO GUARDAVAM.2 – Mas o desempate ocorre pelo fato de que Deus mesmo, além de cessar Suas atividades no sétimo dia, para deixar um exemplo para o homem de todas as eras e nações, como ressaltou Calvino, abençoou e SANTIFICOU o sétimo dia. A palavra “santificar” significa “separar para uso consagrado a Deus”. E foi Deus quem fez isso, daí que o sábado é um dia separado desde a criação do mundo. Como Deus já é absolutamente santo, não precisaria santificar nada para Si. Se o fez, foi para o homem, como Jesus confirmou ao dizer que “o sábado foi feito por causa do homem”.3 – E temos o fato de que Adão tinha o encargo de lavrar a Terra (Gên. 2:15). Os oponentes não conseguem provar que Adão trabalhava os sete dias da semana, só parando à noite para descansar. Alegar que ele não suava e o trabalho era agradável e leve não serve de prova em contrário de que parava um dia por semana. Suar ou não ao trabalhar seria inteiramente irrelevante, pois a questão básica não é de “cansaço” ou de tipo de trabalho, e sim de SANTIFICAÇÃO do tempo para Deus. Se o trabalho dele não o cansava, o fato é que era um tempo de atividades materiais, o que na lei divina é previsto para seis dias (Êxo. 20:8-11), com a cessação de atividades no sétimo dia. E a primeira preocupação do mandamento do sábado é “santificação”, depois vindo o “descanso” (“Lembra-te do dia do sábado para o santificar.
Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado [descanso] do Senhor teu Deus. . .”).4 – Todos os grandes atos de Deus foram seguidos de imediato por memoriais, como a confusão das línguas dada a rebelião dos construtores da torre de Babel, o arco-íris, logo após o dilúvio, a Páscoa, junto ao êxodo, a construção do monumento de pedras logo que se completou a travessia a seco do Jordão, a Santa Ceia, ligada diretamente à Paixão de Cristo, e assim por diante. Não faria sentido Deus esperar séculos e milênios para instituir um memorial (“monumento”) à criação do céu, da Terra, do mar e das fontes das águas como é reconhecidamente o sábado. Se foi instituído como “Memorial da Criação”, então isso se estabeleceu junto ao fato da criação, segundo o padrão de estabelecimento dos memoriais indicados, e não milênios depois (ver Sal. 111:2-4).5 – E há aqueles fatores todos de Abraão ser fiel aos “mandamentos, estatutos, leis” de Deus (Gên. 26:5), sem que se consiga provar que isso envolveria tudo quanto é abrangido pelos mandamentos do Decálogo, excluído o princípio do sábado. “Argumento do silêncio”, claramente, não tem peso algum como prova ou contraprova de nada, mas a lógica pende para a evidência de que Abraão observasse o sábado, santificado por Deus desde a criação do mundo, e estabelecido como memorial da criação, como visto no tópico anterior, além do dado do tópico seguinte.6 – O descanso do sábado é um reconhecido benefício físico, mental e espiritual para o homem. O Dr. Michael Cesar, médico e pastor americano (evangélico), conta num CD que Hitler, quando preparava o seu arsenal para a 2a. Grande Guerra, fez os seus trabalhadores atuarem sete dias por semana, só parando à noite para o descanso. Não funcionou. Houve queda de produção, aumento de pessoas esgotadas e doentes, de modo que ele voltou atrás e refez o regime regular de seis dias de trabalho e um de descanso. Qualquer médico reconhecerá os benefícios do descanso semanal.
Assim, por que Deus não concederia esse mesmo privilégio para os que viveram antes do Sinai? Não é Deus Aquele que não faz acepção de pessoas?7 – Durante a escravidão egípcia os israelitas não contavam com a vantagem do sábado, pois viviam em circunstâncias muito especiais. Ao tirá-los do Egito Deus restaurou-lhes tais benefícios, e mesmo antes da outorga da lei no Sinai, Ele lhes mandava o maná, com três milagres para confirmar a importância do sábado: no sexto dia caía em dobro, no sábado não caía nada, e o que ficasse da sexta-feira para o sábado não se estragava, embora isso não se confirmasse em outros dias. E como fica claro em Êxo. 16:28, o sábado é tratado como “lei” divina, mesmo antes da proclamação do Sinai quando alguns desobedeceram a ordem de não sair no sábado para colherem o maná: “Então disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?” É interessante que a linguagem dessa passagem é muito semelhante à de Gên. 26:5, e isso antes da outorga solene da lei no Sinai.8 – Descobertas arqueológicas falam que os assírios em tempos bem remotos tinham um dia especial para descanso. Eis como isso é tratado no periódico The Congregationalist, de Boston, datado de 15 de novembro de 1882, referindo-se aos "Tijolos da Criação", encontrados nas margens do rio Tigre, próximo de Nínive, atualmente sendo parte do território do Iraque: “O Sr. George Smith diz em sua obra Descobertas Assírias (1875): ‘No ano de 1869 descobri, entre outras coisas, um curioso calendário assírio, no qual cada mês se divide em quatro semanas, e os sétimos dias, ou sábados, são marcados como dias nos quais nenhum trabalho se podia empreender. . . . O calendário contém listas de trabalho proibido nesses dias, o que evidentemente corresponde ao sábado dos judeus’”.E um estudioso batista declarou:
“Sabemos também, pelo testemunho de Filo, Hesíodo, Josefo, Porfírio e outros, que a divisão do tempo em semanas e a observância do sétimo dia eram comuns nas nações da antigüidade. Como, então, poderia ter-se originado a não ser pela tradição, que vinha de sua instituição no jardim do Éden?” (John G. Butler, Natural and Revealed Theology, pág. 396).Esses fatos não têm que ver com as origens do sábado a partir dessas práticas de tais povos (como insinuam pesquisadores descrentes), e sim que demonstram a antiguidade do sábado. O que se dava é que as demais nações perverteram o correto entendimento do sábado, assim como há relatos e mais relatos sobre o dilúvio, mas que não são a origem do que Moisés registrou, e sim versões corrompidas do original..9 – A ponderação de um erudito batista, do famoso Instituto Bíblico Moody, não pode ser desconsiderada. Para negar validamente o que ele expõe, tem que ocorrer refutação clara e objetiva, com argumentos realmente fortes, ponto por ponto. Vejamos como tal erudito expõe a questão:.“Como nos é apresentado nas Escrituras, o sábado não foi invenção de qualquer fundador religioso. De princípio não era parte de qualquer sistema religioso, mas uma instituição inteiramente independente. Muito definidamente é apresentado no Gênesis como exatamente a primeira instituição, inaugurada pelo próprio Criador. Era puramente religiosa, inteiramente moral, integralmente espiritual. Não continha cerimônias prescritas, nem significação sacramental. Não requeria qualquer sacerdote, nem liturgia. Era para o homem como criatura, mordomo e amigo de Deus.“A semana, com o seu sábado, é um arranjo artificial. A razão para ele é achada somente nas Escrituras do Velho Testamento. Aqui é sempre associado com a revelação da parte de Deus. . . . Ali está sempre associado com a revelação de Deus. . . .
“Idéias e práticas religiosas entre todos os povos, em variados graus, têm sido associadas com todas as divisões de tempo, que os homens adotaram. Mas em relação somente com a semana é a religião a explicação óbvia para sua origem, e a semana somente é uniformemente atribuída ao mandamento de Deus. A semana existe por causa do sábado. É histórica e cientificamente verdade que o sábado foi feito por Deus”.– Idem, págs. 34 e 35.--Destaque acrescentado. W. O. Carver, Sabbath Observance, p. 41, produzido pela Sunday School Board of the Southern Baptist Convention [Junta da Escola Dominical da Convenção Batista do Sul]..10 – Como tal erudito, citado no tópico anterior, que não é adventista, diz que “a semana existe por causa do sábado”, então isso confirma que quando Labão trata com Jacó sobre “a semana” de sete anos pela mão de Raquel (Gên. 29:27, 28) o conceito de “semana” já existia. Em Êxo. 16:22, 23 lemos que "ao sexto dia colheram pão em dobro. . . E ele lhes disse: Isto é o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, sábado santo ao Senhor". Conseqüentemente, antes da outorga da lei, o sábado era prática regular dos servos de Deus na época. De fato, até no Novo Testamento, ao falar do “primeiro dia da semana”, o original grego mostra a contagem judaica, pois é mía twn sabbatwn. Tal expressão significa “o primeiro a partir do sábado”, como historicamente consideravam os judeus a semana, tendo o sábado como marco, e os demais dias sem nomes específicos, apenas designados como primeiro, segundo, terceiro, quarto, etc., a partir do sábado. Na própria Confissão de Fé Batista, de 1689, edição em espanhol, consta os textos de Gên. 8:10, 12 como evidência da vigência do 4o. mandamento desde tempos imemoriais, dada à divisão hebdomadária do tempo em períodos de sete dias, por Noé.

10 RAZÕES POR QUE O SÁBADO É O MANDAMENTO MAIS IMPORTANTE DO DECÁLOGO

10 RAZÕES POR QUE O SÁBADO É O MANDAMENTO MAIS IMPORTANTE DO DECÁLOGO

1o. - Por ser originário de antes do ingresso do pecado no mundo. Se analisarmos a história humana, percebemos que há somente duas instituições que antecedem o ingresso do pecado em nosso planeta: o sábado e o casamento. Não é de estranhar o empenho de Satanás em corromper ambas estas instituições que odeia particularmente: o sábado através de falsas teologias que o descartam ou alteram o seu significado, e o casamento, através de toda essa avalanche de separações, divórcios, referências negativas através dos órgãos de diversão (rádio, TV, músicas, filmes), e mais modernamente os casamentos de pessoas do mesmo sexo.2o. - Por ter sido “santificado” por Deus e dever ser “santificado” pelo homem.Deus mesmo deu o exemplo de descansar, abençoar e santificar o primeiro sábado (Gên. 2:2, 3). Sendo Ele inteiramente bendito e santo, não precisaria de abençoar e santificar nada para Si. Se o fez foi “por causa do homem” (Mar. 2:27). Ligado diretamente à Criação do mundo, o mandamento começa ordenando, “lembra-te do dia do sábado para o santificar”. O descanso vem após a ordem de santificação. A razão de se dever santificar o 7o. dia, e não outro qualquer, segundo conveniências humanas, é clara: “Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou” (Êxo. 20:11).3o. - Por estar no coração da lei e destacar o seu aspecto vertical e horizontal. O mandamento do sábado fica bem no coração da lei, solenemente proferida por Deus ao povo junto ao Sinai (“e nada acrescentou”—Deu. 5:22). Foi depois escrita pelo próprio Deus nas tábuas de pedra. E é praticamente o único que trata dos seus dois aspectos básicos: a perspectiva vertical e a horizontal.
Do ponto de vista da perspectiva vertical (“amar a Deus sobre todas as coisas”), se é para “santificar” o sétimo dia, isso significa dedicar a Deus tal dia para um relacionamento mais íntimo da alma com o Criador, sem os embaraços de preocupações seculares. Na perspectiva horizontal (“amar ao próximo como a si mesmo”), o 4o. mandamento concede repouso aos servidores de um crente—“nem o teu servo, nem a tua serva. . .”, e até os animais são beneficiados, em benfazejo ato de misericórdia—“nem o teu boi, nem o teu jumento. . .”4o. - Por ter sido escolhido para ser sinal entre Deus e Seu povo.Dentre todas as regras, o sábado serve de sinal entre Deus e Seus filhos desde o Êxodo, fato que o Senhor confirma milênios depois ao profeta Ezequiel (ver Êxo. 31:17; Eze. 20:12, 20). Não existe qualquer indicação de que tal sinal tenha sido deixado de lado ou substituído por outro na passagem do Velho para o Novo Concerto (ver Heb. 8:6-10, cf. Jer. 31:31-33). Os batistas confirmam esse aspecto na sua “Declaração Doutrinária”, Tópico XV, “O Dia do Senhor”, em documento da Convenção Batista Nacional, ao constar do rodapé o texto de Êxo. 31:14-17.5o. - Por Jesus tê-lo destacado como estabelecido “por causa do homem”.O sábado foi feito para servir ao melhor interesse de descanso físico, mental e refrigério espiritual de todos os homens (Mar. 2:27). Ademais, Cristo tanto Se preocupou em preservar o sábado como foi pretendido que teve vários atritos com a liderança judaica, não quanto a SE deviam guardá-lo, nem QUANDO fazê-lo, e sim COMO observar “o dia do Senhor” no seu devido espírito. Ele Se empenhou por corrigir as distorções daqueles líderes para com o mandamento porque era zeloso pelas coisas de Deus. Ele mesmo identificou-Se como “Senhor do sábado” (Mat. 12:8).6o. - Por Jesus ter-Se declarado “Senhor do sábado”, não para desqualificar o mandamento.Em Mateus 12:8 Cristo declara-Se “Senhor do sábado” em debate com os líderes judaicos.
Ele o faz, não para desqualificar o mandamento, apesar de alguns ensinarem a aberração teológica de que Jesus fazia uma “campanha” anti-sabática, quando Ele mesmo, como Criador (João 1:3; Heb. 1:2) estabeleceu o princípio. Não faria sentido algum Ele buscar diminuir a importância daquilo que Ele mesmo estabeleceu “por causa do homem”, além do problema sério de que se estivesse estabelecendo “graus de violabilidade do mandamento”, como certo “teólogo” dispensacionalista ensina, teria que ser considerado “o mínimo no reino dos céus”, à luz de Suas próprias palavras em Mateus 5:19.Jamais iria Jesus diminuir o valor de qualquer mandamento da lei de Deus, “ainda que dos menores”. O sábado, de fato, confirma-se como o mais importante da lei.Cristo declarou-Se “Senhor do sábado” porque tinha autoridade para definir o modo de observá-lo, diante das distorções dos líderes judaicos e sua constante pergunta a Ele, “. . .com que autoridade fazes tu estas coisas? Ou, quem é o que te deu esta autoridade?” (Luc. 20:2). Eles não corrompiam só o sentido do 4o. mandamento, como também o 5o. e a prática do dizimar (ver Mar. 7:9ss e Mat. 23:23). Pode-se dizer que assim como Jesus expulsou os cambistas do Templo, Ele expulsou do sábado as falsas concepções a seu respeito e as regras humanas que lhe foram acrescentadas.7o. - Por ter recebido tratamento especial em Hebreus e ser indicado como ainda necessário. Na epístola aos Hebreus, enquanto as cerimônias e o seu sentido prefigurativo do sacrifício de Cristo são detalhadamente discutidos nos capítulos 7 a 10, o sábado recebe tratamento muito especial nos capítulos 3 e 4. Simboliza o descanso espiritual que se obtém em Cristo. Embora o povo de Israel haja falhado coletivamente em obter tal descanso, dentro de Israel houve os heróis todos, citados no capítulo 11, que encontraram esse descanso espiritual, e nem por isso deixaram o sábado de lado.
O salmista disse que se deleitava em cumprir a lei divina que conservava no coração (Sal. 40:8), o que certamente incluía o mandamento do sábado.É interessante que, embora por todos os dois capítulos 3 e 4 de Hebreus, enquanto a palavra grega para descanso seja katapausin, no vs. 4:9 o autor emprega um termo especial, usado só esta vez em toda a Bíblia, sabbatismos, ao lembrar, como indica nota de rodapé em muitas versões bíblicas: “Resta um descanso sabático para o povo de Deus”. Ou, como traduziu o erudito G. Lamsa, de fontes originais aramaicas, “resta uma guarda do sábado para o povo de Deus”. Claramente o autor de Hebreus quis demonstrar que embora utilizasse a metáfora do sábado para ilustrar o descanso espiritual, ele quis evitar qualquer ambiguidade deixando claro que o sábado semanal não cessou, com a falha sistemática do povo de Israel em alcançar o descanso espiritual que Deus lhe propunha. Prosseguia o povo de Deus tendo o descanso do sábado como um pequeno modelo desse descanso em Cristo.8o. - Por ser indicado como memorial também da redenção.Ao repetir os termos da lei divina ao povo, Moisés ressaltou que o sábado, indicado no original da lei dada no Sinai, tendo o caráter de memorial da Criação, era também memorial da Redenção. Lembrava ao povo o livramento da escravidão do Egito, onde não tinham o privilégio de dedicar tal dia ao Senhor (Deu. 5:15). Assim, o sábado é tanto memorial da Criação quanto da Redenção. Simboliza perfeitamente que aqueles que foram livrados do Egito do pecado agora têm também o privilégio de observar o sábado para dedicá-lo ao Senhor e obter descanso físico, mental e refigério espiritual, algo que não praticavam quando prisioneiros do pecado, definido nas Escrituras como “transgressão da lei” (1 João 3:4).


9o. - Por ser indicativo de disposição em servir fielmente ao “Senhor do sábado”.O fato é que quem se dispõe a observar fielmente o sábado denota um espírito de submissão a tudo quanto o Senhor determina em Sua lei. Dificilmente um assassino, ladrão, adúltero contumaz iria dispor-se a seguir tal princípio. Tais indivíduos não revelam consideração para com outras regras bíblicas até mais fáceis de acatar, muito menos se sujeitariam a algo que se constitui numa restrição tida por inconveniente e penosa—reservar tempo para Deus regularmente, num dia contrário ao costume social, buscando respeitar Sua lei integralmente para associar-se semanalmente na igreja a outros adoradores de mesma visão.10o. -Por prosseguir na Nova Terra como princípio perpétuo.Finalmente, dentre todos os mandamentos, o do sábado é o único mencionado como sendo respeitado plenamente pelos salvos na Nova Terra “em que habita a justiça” (2 Ped. 3:13). Ali os remidos terão regularmente duas reuniões—uma mensal, quando da lua nova (possivelmente de caráter social), e uma semanal, aos sábados, para adorarem ao Senhor (Isa. 66:22, 23). Ora, se o sábado é instituição que se confirma desde o mundo recém criado e se estende ao longo das eras eternas do mundo recriado, por que não o observaremos hoje também, sendo que Paulo deixa claro que a fé não veio anular a lei, e sim confirmá-la (Rom. 3:31­)?CONCLUSÃO: Indiscutivelmente, o sábado é o mais importante mandamento do Decálogo. Quem discordar disso que nos prove o contrário indicando, então, qual seria tal mandamento.Obs.: Uma objeção comum a este estudo é de que Jesus indicou que o mandamento mais importante da lei de Deus seria qualquer das duas regras da “lei áurea”—amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si memo.Mas esses mandamentos são meramente um sumário dos 10 Mandamentos, não uma regra diferente. Esses princípios são o próprio Decálogo em seu duplo núcleo—o da relação vertical homem-Deus, e horizontal: homem-homem.

10 RAZÕES POR QUE O SÁBADO NÃO É UM PRECEITO CERIMONIAL

1a. - Porque foi instituído antes do ingresso do pecado no mundo (Gên. 2:2, 3; Êxo. 20:8-11 e Mar. 2:27). As cerimônias são posteriores ao pecado e servem ao propósito de propiciar sua expiação pelo seu valor simbólico de apontar ao “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29).

2a. - Porque o relato da Criação lembra que Deus DESCANSOU [cessou Suas atividades da semana da criação, pois a Divindade não se cansa] naquele primeiro sábado deixando com isso um exemplo para os seres que criara (Gên. 2:3; Êxo. 20:11). Nenhum preceito cerimonial adquire tal relevância à vista de Deus.

3a. - Porque o relato da Criação lembra que Deus ABENÇOOU aquele primeiro sábado. Como Deus já é absolutamente bendito, para quem abençoou aquele primeiro sábado a não ser para o homem, como uma marca especial de Sua aprovação e contínuo benefício físico, mental e espiritual aos que o observarem, tal como a promessa apresentada em muitas ocasiões na Bíblia, como Isaías 56: 3-8; 58: 13, 14? Tal bênção divina sobre o sábado é lembrada no texto do mandamento (Êxo. 20:11) e não há nenhum preceito cerimonial que obtenha tal relevância.

4a. - Porque o relato da Criação lembra que Deus SANTIFICOU aquele primeiro sábado separando-o como memorial de Sua obra como Criador, o que é confirmado no texto do mandamento. A palavra “santificar” significa separar algo consagrando-o a Deus. Sendo que Deus, absolutamente bendito, é também absolutamente santo, para quem santificou [separou] o sábado, a não ser para as Suas criaturas humanas? Ademais, não faria sentido estabelecer um memorial de um evento em época tão distanciada do mesmo.

5a. - Porque ao pronunciar solenemente a lei moral dos Dez Mandamentos no Sinai aos ouvidos do povo de Israel, Deus incluiu naturalmente o sábado como o seu 4o. mandamento e não fez o mesmo com nenhum dos preceitos cerimoniais.

E ao concluir, diz o texto que Ele “nada acrescentou” (Deu. 5:22). Quem acrescentar preceitos cerimoniais ao Decálogo está contrariando o que Deus fez.

6a. - Porque ao concluir tal proclamação, Deus escreveu aquelas palavras em duas tábuas de pedra, que Moisés colocou dentro da arca (Deu. 10:5). Ele não escreveu nas tábuas NENHUM PRECEITO CERIMONIAL. Tudo quanto tinha caráter cerimonial foi ditado a Moisés para ser registrado em livros (rolos).

7a. - Porque Deus escolheu o sábado como sinal especial entre Ele e Seu povo escolhido (Êxo. 31:17 e Eze. 20:12, 20). Ele não escolheria para tal objetivo um mandamento cerimonial que seria abolido no futuro pois o Seu plano era que Israel permanecesse sempre como Seu povo escolhido e Suas testemunhas entre os moradores da Terra.

8a. - Porque Jesus reforçou o conceito de ser o sábado uma instituição divina estabelecida “por causa do homem” (Mar. 2:27), a fim de que servisse ao homem no aspecto físico, mental e espiritual. Nenhum mandamento cerimonial mereceria tal tratamento. Hoje, como nunca, os homens carecem desse regime de descanso regular, entre outros fatores, diante de tantos fatos estressantes que enfrentamos na sociedade moderna. Sem falar nos aspectos de benefícios espirituais.

9a. - Porque Jesus, que é o Santíssimo Senhor e Criador (Heb. 1:2), deu o exemplo de observância do sábado (Luc. 4:16) e Se preocupou quanto à sua correta observância, discutindo com os líderes religiosos sobre os Seus atos de curar nesse dia, explicando que fazia o que era “lícito” no sábado (Mat. 12:12). O teor das discussões de Cristo com os líderes judaicos não era SE deviam observar o sábado, QUANDO deviam observar o sábado, e sim COMO fazê-lo. Ele não teria a mesma preocupação com um preceito cerimonial.

10a. - Porque embora as cerimônias hajam cessado na cruz, e ocorra longa discussão sobre o sentido das mesmas, especialmente em Hebreus caps. 7 a 10, nunca o 4o. mandamento é discutido como tendo caráter cerimonial.